domingo, 15 de novembro de 2009

De quando a família é o inimigo

O quê? Espantados? Não sejamos hipócritas. O inimigo invisível que visível é, dentro de nossas casas está.

A mente da gente mente. A impressão, impressa sem pressa, marcas virtuais. E você aceita pacificamente as derrotas que o dia entregou.

Melodrama? Drama? Não, realidade imposta pela suposta "essa casa é sua".

Até quando? Até quanto suportares a omissão de palavras, atos e ações, quando bate no peito e grita: mea culpa, mea máxima culpa!

Ah! Mentiras esculpidas em cuspidas inimigas.

Esse fel que nos condena a amargar o "lar doce lar".

Apague a luz e durma. Quando a luz apaga o corpo esquece.

Resta apenas as batidas de um coração que repete:

- Quem fui, quem fui, quem fui...

Boa noite!

domingo, 18 de outubro de 2009

Fábula acontecida quando a lua estava nova

No bosque da Bugra quando a noite se faz escura, tanto e tanto que deitada na rede sente-se sua espessura, mãe curuja vela suas filhotas, pois as "espertinhas", iguais à mãe, dormem de dia e adoram brincar a noite.
- Bruu, bruu, bruu!
- O que foi isso mãe?
- É o barulho da noite com medo do escuro. A lua está nova, tem medo de se mostrar nua. Coisas de mocinha. Quando acabar o ciclo lunar, ela em cio, explode em cheio, em prazer derrama-se.
- Aí a noite não tem mais medo né, mãe?
- Sim, não terá. A lua cheia abastece a terra em luz. A noite passará sem perceber o escuro que assusta.
- Uuuuuuuuuuuuuuu!
- O que foi isso, mãe?
- Eu, cantando pra vocês, minhas lindas!
- Podemos brincar, mãe?!
- Sim, filhinhas, mas não vão virar a cabeça, vocês são tão novas quanto a lua.

Moral: As morais são tantas que a opção é tua.

sábado, 17 de outubro de 2009

Paz

Falar em paz não é fácil quanto parece. Há uma necessidade enfática de se ter a paz. Esta só encontrada no interior do ser. Incomoda-me a procura externa em brilhos, e neons. Já foi dito que a luz está em nós, basta-nos deixá-la sair. Difícil? Com certeza! A mesma certeza que tenho onde encontrar a paz tão falada.

Muitos se fecham pensando que escondem alguma pedra preciosa no âmago do ter. E tão pobres estão de ser...
Contradizendo a primeira fala:
- A paz? Encontrá-la é mais fácil do que parece.

Fiquem todos em Paz!

Pintassilgo


Gosto de pronunciar a palavra pin-tas-sil-go.
O ssssssssssssssilgo vibra minha língua,
aguça meu cérebro.
A piiiinta, pinta idéias de um colorido
natural.
Esse pássaro me preenche de sonhos,
E nem bem sei como ele é,
Só sei que gosto:
Pin-tas-sillllllllllllllllllgo...
canta gostoso pra mim!

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

ISSO

Sem sofrimento poetas não escrevem.
Precisam do espinho na carne, negar a dor.
Com o coração alegre vivem alegria de carrossel, cirandas em luz.
Seus trapézios são enredados
em teias tecidas por pensamentos infantis.
Encontram água fresca,
fogão a lenha,
ouvem o grilo cantando para a noite.
Silêncio vadio,
rede na varanda,
pirilampos alumiando a rodada de jogo,
cobrada pela amizade e vozes amigas.
Sem sofrimento poetas não escrevem,
entram em descrição.