quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Ampla fica a dor

À noite, procuro saltar através dos satélites pendurados no firmamento e tento deslumbrar, ainda o que de puro impera.
Fico conversando com meus botões – também metálicos – dados ao costume de viver na Terra, até quando o homem irá interferir em a natureza.
Surge uma tristeza enferrujada em meu peito e sinto a solidão de quem ama esse planeta emprestado por Deus, para morar um pouco e depois partir.
Ela também chora. Seus gritos são imensuráveis e só ouvidos a quem de direito.
Essa destruição do homem não é humana. Caso fosse humana ele ouviria o Espírito Santo em que nele há. Entenderia que também é terra (no invólucro) mas em essência é muito, muito mais.
Houve evolução?
Milhares de satélites brilham na imensidão cósmica. Tateio a noite, a cada dia mais escura com tantas luzes acesas.

Minhas mãos ficam úmidas. Entendo são as lágrimas dela que transmitem perfumes aos meus ouvidos.

Entro, tiro o fio da tomada, tento dormir...

Um comentário:

  1. Nena Sarti, prezada confreira, que prazer te ler, sempre!!! Muito bem vinda à bugresia!! Bju de mim.

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