Caderno das Grosserias - Visão ùnica

  O Projeto é antigo. Até já havia começado umas linhas, mas o caderno sumiu, ou melhor escondeu-se na biblioteca.
   Aqui em casa os livros e outros pequenos objetos tem uma mania constante de esconderem-se. Não sei se de mim ou deles mesmo.
   Estou querendo escrever com características de diário, 1ª. pessoa, só que não necessariamente serão histórias vividas por mim. Quem conversará com vocês será uma(um) personagem.
   O motivo e a motivação de escrever não tem motivo, apenas gostamos de relatar cenas que vivenciamos, ou às vezes por encantamento pousam em nossos pensamentos.
   São momentos alegres outros nem tanto. O tom da voz, o jeito de falar, o olhar no canto dos olhos, o rançoso, enfim as indas e vindas da vida, só para fazer um balanço.
   Agora refleti no seguinte: - Será que isso de contar as grosserias dos outros não será uma grosseria?
Vou pensar no assunto.


31 de maio de 2012:

Pensei no assunto.
Vou comentar, sim. As grosserias estão em alta. As bondades estão caducando. Os aplausos são acrescidos de fãs incendiáveis, caso contrário, por que haveria tantas agressões, tanto físicas quanto psicológicas?

Não há mais limites para o palavreado chulo, nomes cabeludos e gestos obcenos, se é que seria necessário ter limite para o grosseiro. E o mais incrível que recebo informações de que as mães (em percentagens mínimas, graças a Deus) apoiam esse filhos "incandecentes". Baseado em que raciocínio?

Ah! A saudade bate, e forte. Acabei de lembrar do poema em que o poeta verseja:
 _ Onde estão todos? E responde:

 _ Estão todos dormindo...

Às vezes me dá essa vontade serena de dormir também.

Seria grosseria abandonar a vida?